O comércio eletrônico se revela como boa alternativa para investidores que decidiram abrir empresa no Brasil. O setor tem perspectiva de crescimento em 2023, o que já é avaliado por empreendedores intencionados a fazer investimentos no Brasil.
A expectativa de crescimento do setor vai à contramão do que se espera da economia global. Afinal, os países da América Latina ainda tentam se recuperar da crise causada pela pandemia, o que originou taxas de juros mais altas e menor liquidez global.
Para 2023, uma forte tendência aponta a presença de players internacionais de comércio eletrônico. Os asiáticos Shopee e AliExpress entram na lista dos e-commerces que mais importam para a América Latina.
Presença das empresas asiáticas no comércio eletrônico brasileiro
Segundo uma pesquisa da plataforma global de pagamentos Nuvei, as empresas asiáticas representarão, até 2026, 28% das importações para a América Latina via varejo online. Em 2022, a representação atingiu o patamar de 16%, comparativamente.
De acordo com o relatório da Nuvei, a América Latina é um mercado importante e promissor para os traders e investidores internacionais. De fato, países como o Brasil e o México são relevantes para os investidores por conta dos padrões culturais, comportamento de consumo, tamanho geográfico e dinamismo.
Tendência: crescimento de vendas via smartphones
O momento atual no comércio eletrônico também indica o aumento das vendas realizadas através de smartphones. Do mesmo modo, os pagamentos por carteiras digitais (PicPay, por exemplo) e pelo sistema PIX seguem como forte tendência.
O sistema de pagamentos instantâneos PIX alcançou o recorde de 104 milhões de transações realizadas em 24 horas em 20 de dezembro, de acordo com o Banco Central.
Lançado em novembro de 2020, o PIX possui 143 milhões de usuários cadastrados, sendo 132 milhões pessoas físicas e 11,7 milhões pessoas jurídicas.
Projeções de compras online em 2023
A empresa de pesquisa Statista enfatiza que o número de compradores online deve aumentar em mais de 20% até 2025 no Brasil. Os números são comparados aos atuais 371 milhões de compradores estimados. O crescimento é motivado por dois fatores:
- O maior volume de compra por parte da população jovem e com experiência digital;
- A rápida expansão da Internet e dos smartphones.
Por outro lado, a menor participação de pessoas físicas no sistema bancário formal e tradicional ocasionou uma boa oportunidade. Sobretudo, porque tornou o Brasil uma região interessante para investimentos em serviços de pagamento eletrônico e bancos digitais.
Vale lembrar que esses serviços proporcionam praticidade, menos burocracia e facilidades para o consumidor (isenção de taxas, por exemplo).
Ainda conforme a Statista, as vendas via e-commerce devem atingir US$ 160 bilhões até 2025, resultado superior aos US$ 85 bilhões somados em 2021. Além disso, Brasil e México devem competir para ocupar o primeiro lugar no ranking dos países que mais compram online.
Estimativas das associações brasileiras sobre o e-commerce
A ABcomm – Associação Brasileira de Comércio Eletrônico calcula que as vendas online totalizem R$ 186 bilhões em 2023. Assim, os resultados superam os R$ 170 bilhões estimados para 2022. As projeções da ABcomm indicam que o Brasil terá cerca de 87,8 milhões compradores online frequentes, quase 5 milhões a mais do que em 2022.
Segundo pesquisa da FecomercioSP, somente no estado de São Paulo o comércio eletrônico deve faturar R$ 66,7 bilhões este ano.
Mercado de e-commerce gera oportunidades de investimentos no Brasil
O comportamento de compra do consumidor digital reflete os números do crescimento de startups de comércio eletrônico no Brasil. De 2021 para cá, o varejo online cresceu em 17,85% em termos de volume de empresas. São mais startups investindo no setor e lucrando com ele.
A pesquisa “A evolução das startups no setor de varejo”, organizada pela Liga Ventures e pela PwC Brasil, mostra o cenário das empresas criadas recentemente no segmento:
- 15% das startups de varejo online foram criadas em 2017;
- 11% tiveram origem em 2018;
- 8% das empresas de e-commerce iniciaram suas operações em 2019;
- 5% em 2020, 3% em 2021 e 1% em 2022.
Como abrir uma empresa no Brasil no segmento de e-commerce?
Abrir empresa no Brasil exige conhecimentos legais e fiscais, que impactam diretamente no sucesso do negócio. Por isso, ainda que abrir uma loja online pareça ser algo que depende apenas da tecnologia, saiba que as operações online também demandam gestão, fiscalização e controle.
Afinal, todas as empresas que operam no Brasil, físicas ou online, prestam contas à Receita Federal sobre seu faturamento. Além disso, são tributadas, pagando os devidos impostos.
Por isso, é essencial ter o suporte de uma empresa como a Europartner, que possui um time de especialistas capacitados para orientá-lo em todo o processo de constituição de empresa no Brasil.