A geração de energia eólica cresceu 24% em julho de 2018, em relação ao mesmo período do ano passado, com a entrada em operação de novos parques eólicos.
O setor deve ser a segunda principal fonte de matriz elétrica em 2019, segundo a ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica). A previsão é chegar em 2022 com capacidade instalada de 17,6 gigawatts no país, contra atuais 13,4 GW, segundo a mesma fonte.
Em evento realizado em 9 de agosto na Câmara de Comércio França-Brasil, em São Paulo, sobre “Comercialização de energia elétrica no cenário brasileiro”, o gerente-executivo da CCEE (Câmara de Comércio de Energia Elétrica), Luiz Felipe Falcone de Souza, concordou com esse cenário positivo e explicou por que a energia eólica é um bom investimento no Brasil.
“A geração de energia eólica no Brasil cresceu muito nos últimos anos, e é um setor muito promissor que pode ser muito competitivo. O setor de energia recebe muitos subsídios no Brasil, mas quando se trata de energia eólica, é uma área que recebe subsídios, mas não depende deles ”, analisou Souza.
Segundo Souza, desde 2004, 18% dos leilões eram de energia eólica, enquanto 30% eram de energia hidrelétrica. Para ele, isso é um indicador do potencial da energia eólica no Brasil
Além de competitiva e sustentável, a energia eólica tem muitas vantagens para a sociedade, desde a redução da dependência de combustíveis fósseis até a geração de empregos.
É uma fonte inesgotável de energia, que não emite gases poluentes ou gera resíduos, e reduz a emissão de gases de efeito estufa (GEE). Por tudo isso, é uma ótima alternativa para empresas estrangeiras que querem investir no setor, ou querem abrir negócios no Brasil que dependam do uso de energia.
Propostas de melhoria para o setor de energia
No evento, o executivo da CCEE também listou propostas de melhorias para o setor de energia.
“Uma das principais necessidades é a separação dos usuários do atacado e do varejo, uma vez que as pessoas físicas não podem seguir as mesmas regras de uso de shoppings ou grandes corporações, por exemplo”, explicou Souza.
“A expansão da geração de energia, o mercado livre e regulado e a revisão da tributação, que é muito alta no Brasil, são outros aspectos que precisam ser melhorados. O setor está atento a eles e discutindo propostas de melhorias”, disse Souza.
Europartner apoia o setor da energia
“O evento foi muito importante para termos uma visão geral do cenário energético brasileiro. Nesta área, o setor eólico e as infraestruturas em geral são um nicho em que estamos interessados e que temos condições de atender ”, afirma Singrid Teixeira, responsável pelo Departamento Comercial da Europartner e gestão de novas parcerias, que participaram do evento.
“Vale ressaltar que temos clientes estrangeiros que já atuam no segmento de energia e têm negócios no Brasil. Temos prazer em poder ajudar e estar com nossos clientes no processo de criação da empresa no Brasil ”, completa Teixeira.